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Sucessão familiar no agronegócio: Por que precisamos falar sobre isso?
07/03/2022A grande maioria das propriedades rurais no Brasil mantém, ainda hoje, uma estrutura familiar. Assim, em muitas destas propriedades o negócio geralmente passa de pais para filhos através do processo de sucessão familiar no agronegócio.
No entanto, essa transição nem sempre é fácil, representando um dos grandes desafios para empresas ligadas ao agronegócio.
Exatamente por isso, cabe ao setor continuamente falar sobre o processo de sucessão familiar no agronegócio, principalmente porque este é um fator de garantia para a continuidade do negócio quando do falecimento do gestor principal.
Para que esse processo seja o mais natural possível, convidamos você a entender como funciona a sucessão familiar no agronegócio, quais são os desafios e a melhor forma de enfrentá-los.
Sucessão familiar no agronegócio: desafio para empresas rurais
Desde sempre, o processo de sucessão familiar foi um grande desafio para as empresas rurais. O resultado de uma pesquisa da Fundação Dom Cabral (FDC) e a JValério Gestão e Desenvolvimento, intitulado “Governança e gestão do patrimônio das famílias do agronegócio” comprovaram isso.
Segundo a pesquisa, a sucessão familiar foi apontada por 26% dos entrevistados como um dos principais desafios para as famílias empresárias do setor do agronegócio. Além disso, mais de 70% destas empresas não têm um conselho de família formado.
Este é um índice muito baixo, principalmente quando comparado a outras empresas familiares que compõem outros setores da nossa economia. O estudo ainda apontou que 40% dos negócios possuem um plano de sucessão e apenas 5% dos participantes avaliam a contratação de um executivo fora do núcleo familiar para gerir o negócio.
Já o IBGE indica que apenas 30% das produções familiares conseguem atingir a segunda geração, e quando se fala da terceira geração essa porcentagem cai para 5%. Essa é a grande prova de que os herdeiros estão, cada vez mais, despreparados para conseguir tocar o negócio e manter a propriedade rural girando.
Além do mais, alguns são os fatores complementares que fazem do processo de sucessão familiar no agronegócio um grande desafio:
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Diferença de objetivos e falta de comunicação entre o atual gestor (pai) e o sucessor (filho);
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Escassez de mão de obra no campo;
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Falta de habilidade e conhecimento do sucessor para assumir a administração da propriedade;
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Falta de investimento em tecnologia;
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Pouca experiência do sucessor na gerência do negócio;
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Receio do patriarca de que o sucessor não valorize o negócio familiar.
Como preparar o terreno para a sucessão familiar no agronegócio sem problemas?
Diante dos muitos desafios anteriormente apresentados, para que a sucessão familiar no agronegócio ocorra sem maiores empecilhos é preciso que alguns pontos sejam melhor gerenciados e planejados. Para isso, alguns pontos são fundamentais:
Tenha um bom plano de sucessão familiar no agronegócio
Para o sucesso do plano de sucessão familiar no agronegócio, um bom planejamento é imprescindível. O ideal é que esse planejamento se inicie o quanto antes.
Uma dica interessante é realizar reuniões periódicas entre todos os envolvidos na sucessão, tanto os atuais administradores, quanto os próximos. Outra boa opção é fazer com que os herdeiros se tornem sócios do negócio, aumentando a responsabilidade deles.
Isso vai fazer com que todos estejam por dentro do que acontece com o negócio rural e sintam mais vontade de participar.
Boa comunicação familiar
Toda a família precisa estar muito bem preparada e alinhada para que a sucessão familiar ocorra sem conflitos. Para isso, uma boa comunicação é peça-chave na garantia do bom planejamento de transição de gestão.
Definir regras e funções também é importante para um plano de sucessão familiar no agronegócio. Cada herdeiro deve fazer o trabalho com que mais se conecta no negócio.
Escolha e treinamento do sucessor do negócio
Em qualquer empresa familiar, é bem comum que alguns herdeiros não optem por assumir o posto de chefia, alguns irão querer ser somente acionistas, enquanto outros podem preferir ir para a gestão da produção, por exemplo. Dessa forma, a identificação do sucessor é extremamente importante.
Para isso, contar com os serviços de um consultor é bastante interessante. Cabe a ele dar um apoio ao avaliar as skills de cada um dos futuros gestores. Com essa contribuição, o patriarca consegue avaliar qual filho possui mais atributos que condizem com as demandas do negócio.
Quando o sucessor é escolhido pelo patriarca e tem interesse em assumir o negócio, ele precisa começar a se preparar por meio de cursos gerenciais e técnicos que o ajudarão a gerenciar o agronegócio da família.
Trabalhar junto de seu antecessor também é um grande ensinamento, pois permite que a relação entre as gerações fique mais harmoniosa e os conflitos sejam resolvidos mais rapidamente.
Dessa forma, quando assumir o negócio, este sucessor já terá reunido conhecimentos técnicos, experiências e maior segurança para lidar com os desafios próprios da gestão de um negócio rural.
E você amigo empresário rural, você pretende conduzir um processo de sucessão familiar no agronegócio? Conte para nós!
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